Caxumba
- Dra. Juliana Framil

- 8 de ago.
- 3 min de leitura
Atualizado: 22 de ago.
A caxumba, também conhecida como parotidite, é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que afeta principalmente as glândulas salivares, especialmente as parótidas, localizadas próximas às orelhas.
A caxumba é transmitida através de gotículas de saliva ou respiratória. Se alguém com caxumba tossir, espirrar ou falar, o vírus pode se espalhar pelo ar e infectar outras pessoas. Outra forma de transmissão é pelo contato direto com as secreções contaminadas - quando contaminamos as nossas mãos e levamos à boca, nariz, por exemplo.
Uma pessoa com caxumba pode começar a transmitir a doença até uma semana antes de apresentar algum sintoma e persiste transimindo até 9 dias após o surgimento da parotidite (inchado da glândula do pescoço).
Geralmente, desenvolvemenos a doença 12 a 25 dias após o contato com o vírus e, dependendo de fatores como a idade, vacinação prévia ou imunidade, ela pode se manifestar com sintomas leves, parecendo um resfriado; pode evoluir com os sintomas típicos; ou pode até ser assintomática.
Os principais sinais e sintomas da caxumba são: febre, dor, sensibilidade e aumento de volume de uma ou mais glândulas do pescoço, principalmente das parótidas. Podemos sentir dor ao mastigar ou engolir, falta de apetite, dor no corpo, dor nas articulações, dor de cabeça ou de ouvido e um mal-estar importante.
A maioria das pessoas com caxumba evolui bem e não tem grandes complicações.
Depois que a vacina foi amplamente difundida, o que vemos como complicações são:
- Nos homens, a orquite, que é a inflamação dos testículos e ocorre em 5% dos casos;
- Nas mulheres, a inflamação dos ovários, que ocorre em menos de 1% dos casos;
- Outra complicação é a meningite , também rara, ocorrendo em menos de 1% dos casos.
Uma grande preocupação é quando a gestante se infecta com o vírus da caxumba , principalmente no primeiro trimestre da gestação – isso pode levar ao aborto espontâneo ou à morte do bebê ainda dentro do útero.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da caxumba é clínico. Isso significa que é fundamental bucar atendimento médico para que seus sintomas sejam avaliados, seja realizado um bom exame físio e, assim, seja levantada a suspeita da doença. Para confirmar, podem ser pedidos de exames que identificam diretamente o vírus (PCR – reação em cadeira de polimerase) ou que pesquisam a resposta do nosso organismo frente à ele (sorologias).
A caxumba não tem um tratamento específico. O que é recomendado é o repouso, beber bastante líquido e, se necessário, tomar analgésicos para aliviar a dor ou outras medicações para os sintomas que surgirem.
Outros cuidados importantes
É super importante manter o isolamento durante o período de transmissão da doença. A partir do diagnóstico, orientamos evitar contato com outras pessoas até 9 dias após o início da parotidite. Ou seja, mantenha- se em casa, sem frequentar o trabalho ou a escola. Mantenha os ambientes bem ventilados, não compartilhe ítens pessoais, como talheres, copos e higienize frequentemente as mãos.
Prevenção
A vacinação é a única maneira de prevenir a caxumba. Temos disponíveis as seguintes vacinas:
- A Tríplice viral, que também protege contra o sarampo e a rubéola, e primeira dose é indicada ao completar 1 ano de idade.
- A Tetra viral, que além de proteger contra os três virus da tríplice, também protege contra a varicela (catapora) e deve ser administrada aos 15 meses.
Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados, devem receber 2 doses de vacina tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas.
É importante lembrar que as vacinas contra o caxumba são compostas por vírus vivo atenuado e, por esse motivo, são contraindicadas para pacientes com a imunidade comprometida e gestantes. Por esse motivo, atingir e manter uma alta cobertura vacinal na população é fundamental para alcançarmos a chamada "imunidade de rebanho", em que a vacinação de grande parte da comunidade protege indiretamente aqueles que não podem ser vacinados. Essa é a nossa maior arma! Proteja-se!
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